terça-feira, 20 de março de 2012

Violeta Luna - Performance

Este ano contamos novamente com a participação de Violeta Luna: atriz, performer e ativista que trabalha dentro de um espaço multidimensional, no cruzamento das fronteiras estéticas e conceituais, usando seu corpo como um território de questionamento acerca dos fenômenos sociais e políticos. Violeta reside em São Francisco e é artista associada dos coletivos de performance "La Pocha Nostra" e "Secos y Mojados".

No último Vértice Brasil a artista apresentou "Apuntes Sobre la Frontera", performance que aborda a condição do imigrante que deixa seu país para ir buscar melhores condições de vida. Tema especialmente forte para os mexicanos, que fazem fronteira com os EUA e lidam diariamente com a tensão e violência frutos desse “cruzamento de fronteiras”.


Foto de Pia Siliceo
Foto de Pia Siliceo

Em 2012 Violeta Luna apresenta a performance "NK603" uma reflexão sobre o desenvolvimento do milho geneticamente modificado e suas conseqüências devastadoras para a vida. O milho é uma das principais fontes dos alimentos tradicionais dos  habitantes do sudoeste americano até a Patagônia e desempenha papel simbólico nos rituais de povos dessas regiões. A performance é pontuada por intervenção ativa de vídeo e música eletrônica. As ações da performer entram diretamente em conflito com imagens violentas e subversivas, como uma espécie de ritual de memória e resistência à invasão constante da tecnologia e das forças do mercado que ameaçam o modo de vida de comunidades inteiras.

Violeta também estará dividindo seu processo de criação artístico através de uma oficina de 12 horas de duração, no qual trabalhará com os participantes o entendimento do corpo como território de criação cujas ações desenvolvem-se a partir de complexidades pessoais de memória, identidade e sentido individual e social de raça, gênero e sexualidade. Alguns dos temas que serão abordados são: O Corpo (exercícios experienciais, presença e energia interna); O Espaço (relação com o ambiente, intervenção de espaços públicos e privados); El Tiempo (real, fictício e ritual); A Ação (criação in situ, reação, estímulos reais e fictícios, interação com o público); Práticas de Ação utilizando objetos comuns.

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